Descubra as diferenças

por | dez 30, 2021 | Formação | 0 Comentários

Monta-se a árvore de Natal, um ramo da árvore do adro, na igreja ou capela da Paróquia, da Missão ou da Comunidade cristã. Faz-se o presépio com peças feitas em barro pelos jovens da comunidade, com capulana e com folhas e flores de árvores.

1.1. Decorre o mês de novembro e as cidades e as aldeias começam a iluminar-se, quer as ruas, quer as casas. As luzes são de várias cores e piscam de forma psicadélica e tudo fica iluminado. Há inauguração das iluminações natalícias, que concorrem entre si nas cidades. É impossível não perceber em que época do ano estamos a entrar.
1.2. Decorre o mês de novembro e as cidades e as aldeias continuam com pouca ou nenhuma iluminação. Um gerador, aqui e ali a funcionar, e até alguns painéis solares se recusam a carregar de dia para trabalharem de noite. Recorre-se à luz da vela, como habitual, sempre que necessário. É impossível perceber em que época do ano estamos a entrar.

2.1. Entra dezembro e as ruas enchem-se de animada música natalícia, para acompanhar e incentivar as pessoas a andarem nas ruas, onde também se estendem nos passeios passadeiras vermelhas, para chamar a atenção das lojas. Está a chegar um espírito solidário que só funciona nesta altura do ano.
2.2. Entra dezembro e as ruas enchem-se dos habituais barulhos dos carros que passam, dos diferentes pássaros que cantam nas diferentes alturas do dia, da noite e da madrugada, das crianças que brincam na rua, das mulheres que fazem a sua vida do dia-a-dia, de ida e regresso à machamba, à fontanária e outras lides domésticas, dos homens que se juntam para jogar e beber. Estão a chegar as “férias grandes” de uma escola que às vezes funciona, onde existe.

3.1. As lojas enchem-se de luzes e de enfeites de Natal e começam as promoções para incentivar as pessoas a comprar tanto as prendas para oferecer a toda a família como as iguarias gastronómicas de Natal (bolo rei, rabanadas, mexidos, aletria) desde cedo.
3.2. As lojas vendem os habituais bens alimentares, farinha de milho e de mandioca, açúcar, óleo e sal não podem faltar para fazer a habitual chima com caril. Cresce somente a venda de cerveja ou outras variantes alcoólicas.

4.1. Os centros comerciais enchem-se de gente que se atropela nas lojas e nos corredores em busca das muitas e mais diversas prendas de Natal para miúdos e graúdos. Há tanto barulho de música e de pessoas que até parece que se entra noutra dimensão.
4.2. Nas cidades, as lojas dos chineses e dos indianos colocam à venda luzes psicadélicas a imitar o ocidente, que piscam e tocam de tal forma, nas casas das pessoas que as podem comprar, que até parece que se entra noutra dimensão.

5.1. Vive-se uma crise política causada pelo chumbo do Orçamento de Estado 2022 e preparam-se as eleições legislativas para o final do mês de janeiro de 2022, que se espera que ponham fim a esta crise.
5.2. Vive-se um conflito armado no norte da província, desde outubro de 2017, que não tem fim à vista. Cerca de um milhão de pessoas procura sobreviver à fome, às doenças e aos traumas do sangue familiar que seus olhos viram correr.

6.1. A maioria das pessoas são cristãs, mas mesmo as que não são celebram o Natal das prendas.
6.2. A maioria das pessoas não são cristãs, mas mesmo as que são celebram apenas o Natal com a celebração da Palavra na comunidade cristã.

7.1. Monta-se a árvore de Natal, um pinheiro ou um sobreiro, natural ou artificial, com muitas luzes e enfeites. Faz-se o presépio com musgo ou algum substituto, e com peças variadas de barro, ou outro material.
7.2. Monta-se a árvore de Natal, um ramo da árvore do adro, na igreja ou capela da Paróquia, da Missão ou da Comunidade cristã. Faz-se o presépio com peças feitas em barro pelos jovens da comunidade, com capulana e com folhas e flores de árvores.

8.1. Está frio, acendem-se as lareiras, as pessoas vestem gorros vermelhos de Pai-Natal. Lamenta-se a chuva.
8.2. Está muito calor, as pessoas abanam-se com o que têm à mão e vestem as habituais capulanas coloridas. Seria tão bom que a chuva chegasse para fecundar as sementes!

9.1. A Missa do Galo celebra-se à meia-noite, depois de se comer as batatas cozidas com o bacalhau, de se comer todas as sobremesas natalícias.
9.2. A Missa do Galo celebra-se ao entardecer, antes que a noite apague toda a luz. Talvez uma fogueira, cânticos tradicionais e “nipa” (álcool feito de modo tradicional) animem a noite e madrugada.

10.1. É dia de Natal e as crianças recebem dezenas de brinquedos que não têm tempo de olhar, muito menos de brincar com todos. Os adultos trocam prendas de coisas que não precisam.
10.2. É dia de Natal e as crianças não recebem brinquedos e brincam na rua, umas com as outras, como habitual.

11.1. É dia de Natal e a ementa é a habitual: roupa velha e assado de várias carnes.
11.2. É dia de Natal e a ementa é a habitual: chima (farinha) com caril ou matapa (folhas cozidas de amendoim).

12.1. É Natal no norte de Portugal.
12.2. É Natal no norte de Moçambique.

Sara Poças.
Fonte: https://www.padresvicentinos.net/

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