A cada semana, um membro da Família Vicentina partilhará conosco uma experiência vivida nestes últimos meses. A partir do íntimo de seu coração, irá propor uma mensagem de esperança, porque (estamos convencidos) também podemos tirar lições positivas desta pandemia.
Nossa vida durante o estado de alarme sofreu variações. As saídas para fora de casa limitaram-se exclusivamente para compra de alimentos e aquisição dos medicamentos que tomamos diariamente. O confinamento não nos causou nenhum trauma, já que gostamos muito da vida em casa.
Tivemos poucas dificuldades pessoais. Viver isolados em casa durante o “estado de alarme” não nos causou dificuldades. Sim, sentimos falta de não poder assistir às missas dominicais na paróquia e receber a eucaristia. As missas televisionadas compensaram esta ausência e as comunhões espirituais de certa forma, compensaram as comunhões sacramentais. Pelas informações que nos proporcionavam os meios de comunicação, tornamos um pouco nossos os sofrimentos daqueles que padeceram com o coronavírus e perderam seus entes queridos.
Vários tem sido os aspectos positivos que vivenciamos e estamos experimentando ao longo deste tempo que está perdurando a pandemia do covid 19.
- Partindo da ideia de que todos nós humanos somos irmãos, que viemos de um mesmo Pai, esta pandemia está nos tornando mais solidários com os que estão padecendo, assim como com os falecidos e seus familiares.
- Esta solidariedade nos levou a prática sobretudo com a oração, para que quem a contraiu, se cure, se esta for a vontade do Senhor, e não deixe sequelas crônicas que tenham que padecer pelo resto da vida.
Esta pandemia nos levou a fazer uma oração pessoal e pela família, a confiar toda a humanidade que se encontra em estado de sofrimento. Todos os infectados e falecidos são nossos irmãos. E é por isso que temos a obrigação moral de colocá-los nas mãos do Senhor para que neles se faça a sua vontade.
Embora não “só de pão vive o homem”, ele o necessita diariamente. Muitos milhares de pessoas ficaram nas ruas com as empresas para as quais trabalhavam fecharam. O comportamento da viúva com seu óbolo reviveu com força em nossos corações ajudando muitos irmãos nossos com suas famílias que estão passando por momentos difíceis. Da mesma forma Jesus também nos lembra a passagem do evangelho diante da multidão faminta ao entardecer do dia: DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER. Como não partilhar com aquele que nada tem o que o Senhor nos dá diariamente?
Duas lições importantes aprendemos com esta catástrofe, que tomou toda a humanidade:
1- A oração pessoal de petição para estendê-la por toda a humanidade:
- Pela salvação dos que morrem todos os dia.
- Pelo sofrimento causado por esta pandemia e outras causas, como: guerras, terrorismo e fome. Que elas nos sirvam como meio de purificação e salvação.
- Não nos esqueçamos de recorrer à nossa Mãe, a Virgem Milagrosa, pedindo-lhe que estes raios que permanecem opacos em suas mãos, convertam-se em graças para com estes filhos tão necessitados nestes momentos de uma Mãe.
2- Na medida do possível, ajudar com nosso dinheiro aos mais necessitados através da Cáritas. É justo que, o que de graça recebemos, de graça possamos dar ao necessitado.
Como epílogo, recordamos o belo poema de Santa Teresa que se encaixa perfeitamente numa situação como a qual que estamos padecendo.
Nada te perturbe, nada te espante.
Tudo passa,
Deus não muda.
A paciência tudo alcança,
Quem a Deus tem, nada lhe falta.
SÓ DEUS BASTA
Um casal
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