“A ficha ainda não caiu”, diz confrade que mora em Brumadinho

por | fev 21, 2019 | Notícias, Sociedade de São Vicente de Paulo | 0 Comentários

Vinte e um dias após a tragédia do rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, que matou 166 pessoas e deixou 147 desaparecidas (segundo números divulgados ontem), a população de Brumadinho (MG) ainda não consegue acreditar que se tornou vítima e protagonista desta história que chocou o mundo.

Confrade Wesley e confrade Edimar, uma semana antes da tragédia

O confrade Wesley Raimundo Ribeiro é presidente do Conselho Metropolitano de Contagem, Unidade Vicentina que administra os trabalhos da SSVP em Brumadinho. Ele também mora na cidade e descreve como tem sido difícil enfrentar a vida desde o último dia 25 de janeiro. “Nós estamos tentando ‘pegar um chão’. Mas ainda a ficha não caiu. É só o tempo mesmo para fazer a gente começar a entender tudo o que aconteceu. A marca vai ficar para sempre. Agora é caminhar para frente”.

Wesley relata que, apesar de toda dor, o maior consolo das famílias é quando os corpos são encontrados, já que a possibilidade de sobreviventes é praticamente impossível. “São mais de 150 desaparecidos e estas famílias têm vivido em estado de plena angústia”.

Viúva e órfã da tragédia

Viúva e órfã do confrade Edimar

Em reportagem exibida pela Globo Minas, Lucineia Sales relatou o drama que a família dela tem vivido com a morte do marido, Edimar da Conceição de Melos Sales, que era vicentino.

A viúva conta que Edimar estava ansioso para a chegada do dia 24 de fevereiro, quando a filha Ana Luiza completaria 1 ano de vida. Preparou a festa com todo carinho, mas não teve tempo de vê-la acontecer.

VÍTIMAS RELACIONADAS COM A SSVP

Dentre as vítimas da tragédia, três têm relação com a SSVP:

Confrade Edimar da Conceição de Melo Sales. Ele era orientador técnico da Vale. Frequentava uma Conferência em Brumadinho. O corpo dele foi encontrado e enterrado

Tiago Augusto Favarini, engenheiro da Vale. Ele era genro da consócia Tânia Maria Gonçalves Costa, vicentina atuante na área do Conselho Central de Formiga (MG). O corpo dele foi encontrado e enterrado

Confrade Ramon Júnior Pinto. Também frequentava uma Conferência em Brumadinho (MG). Ele era engenheiro e trabalhava na Vale há 13 anos. Deixa esposa e filha. O corpo dele foi encontrado e enterrado

Fonte: Redação do SSVPBRASIL – http://www.ssvpbrasil.org.br/

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