Entrevista com Samira Nahass Franco, uma vicentina nota dez

por | maio 12, 2024 | Notícias | 0 Comentários

Afiliada à Congregação da Missão, assim como seu irmão, Dr. Genesinho, Samira Nahass Gouveia Franco é mãe do padre vicentino Alexandre Nahass Franco, CM, retratado, ao seu lado, na foto acima. Muito atuante nas comunidades de Campina Verde, ela recebeu, aos 89 anos de idade, o mante do Facebook, distinção oferecida aos seguidores mais ativos e engajados com as publicações da página da Província Brasileira da Congregação da Missão na rede social. D. Samira compartilhou com a redação do Informativo São Vicente um pouco de sua trajetória como leiga vicentina.

Qual é seu nome completo, naturalidade, ano de nascimento, profissão e especialização?

Samira Nahass Gouveia Franco, natural de Nova Lima/ MG., nascida em 21 de maio de 1935, professora aposentada de música, língua portuguesa e redação (Comunicação e Expressão).

Como a senhora descobriu a sua vocação ?

Fazendo parte de uma família católica recebi de meus pais um bom exemplo. Entretanto, em minha caminhada cristã comecei frequentando a catequese infantil na Igreja de São José do Centro em Belo Horizonte, Padre Redentorista. Em seguida, após um curso de formação, ingressei na catequese infantil, já como catequista. Com minha formação musical, formei um coral infantil que atuava na missa das crianças. E foi assim, até meu casamento em 1956, onde vim morar em Campina Verde. Aqui, imediatamente, ingressei na Paróquia, como a organista do coral. Padre Felix Obzurt, diretor do Colégio Nossa das Graças, convidou-me para dar aula no referido colégio, de acordo com as habilitações que possuía. Dei aulas para os seminaristas, atendendo ao convite de Padre Rafael Manna durante todo o período em que o propedêutico funcionou em Campina Verde: Educação Musical, Redação, Comunicação e Expressão.

De que maneira e em que momento percebeu em seu filho sinais de vocação para o sacerdócio?

Meu esposo e eu fazíamos parte dos movimentos paroquiais. Padre Alexandre, nessa época o caçula, acompanhou nosso trabalho, porque não tínhamos babá e nem com quem deixá-lo. Ele ficava encantado com o celebrante Padre José Carlos, depois bispo, que com paciência, aceitava a sua presença junto ao altar. Já pensou se Dom José Carlos fosse ranzinza e não aceitasse A vocação e chamado divino? A convivência com os padres lazaristas, muito contribuiu.

Como é ser mãe de padre?

A ordenação sacerdotal do Padre Alexandre foi uma graça imensurável na história de nossa família : Único sacerdote da família.

A senhora recebeu o título de Afiliada à Família Vicentina. Poderia contar mais da sua história como vicentina?

Minha caminhada vicentina começou aqui em Campina Verde, com as filhas da Caridade, Padres e Irmãos da Congregação da Missão. Exerci aqui as mesmas missões e atividades que fazia em Belo Horizonte.

A senhora editou o jornalzinho da paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, de Campina Verde. Como foi essa vivência?

O Informativo foi criado de acordo com a orientação do Pároco Padre Donizete Dombroski e foi muito gratificante cumprir essa missão. Formamos uma equipe de seis membros e com o nosso trabalho, colocamos os paroquianos cientes do andamento da paróquia.

Qual é a sua avaliação, como vicentina e professora de língua portuguesa sobre os conteúdos veiculados nas redes sociais Lazaristas Brasil, site da Província Brasileira da Congregação da Missão e Informativo São Vicente?

Para mim o informativo da Congregação é valoroso. Nota-se o empenho de seus dirigentes, colaboradores e é transparente o zelo, responsabilidade, verdade e compromisso. Numa só palavra: AMOR. O impressionante é que o seu conteúdo eclético agrada a “gregos e troianos”.

Quais são, a seu ver, os principais desafios que as mulheres enfrentamnos dias de hoje?

É importante notar que, apesar dos papéis tradicionais, a cultura vicentina está em constante evolução, e as mulheres estão cada vez mais ocupando espaços de liderança e influência em todos os aspectos da sociedade, incluindo na preservação e promoção da sua cultura. Portanto, o papel da mulher na cultura vicentina é dinâmico e em constante mudança, refletindo a sua contribuição significativa para à riqueza e diversidade dessa herança cultural.

De que forma o Movimento da Família Vicentina se mobiliza para organizar e promover a caridade?

Aqui, em Campina Verde, a Família Vicentina mobiliza e promove a caridade em vários setores da comunidade: Asilo, Hospital, Escola, SSVP, enfim é arrimo e consolo para o mais vulnerável.

A senhora viveu alguma situação específica, que seria um bom exemplo de materialização das virtudes vicentinas?

Sim vivi. Participamos de várias atividades na SSVP, como na criação de instituição (Associação Internacional de Caridade), bem como outras atividades filantrópicas.

Caminhando por qualquer canto nos deparamos com pessoas passando necessidades. O que, na sua opinião, significa servir aos pobres? De que forma podemos buscar esse tipo de atitude em nossas vidas cotidianas?

Servir os pobres envolve reconhecer e respeitar a dignidade inerente de cada pessoa, independentemente da sua situação econômica. Isso significa tratar o próximo com dignidade, respeito e compaixão, e não com piedade ou condescendência. Em resumo, servir os pobres é um compromisso de solidariedade e justiça, que busca não apenas aliviar o sofrimento imediato, mas também abordar as causas subjacentes da pobreza e promover a igualdade de oportunidades para todos os membros da sociedade.

Existe alguma máxima de São Vicente que a senhora goste de citar?

“Não sou nem daqui nem dali, mas de onde Deus aprouver enviar-me”. Essa máxima de São Vicente de Paulo expressa uma profunda confiança na providência divina e um compromisso inabalável com o serviço desinteressado aos outros, onde quer que seja necessário. Espero ter cumprido meu amor e dedicação a Família Vicentina e rogo a São Vicente de Paulo que interceda por nós para continuarmos nossa missão salvífica. Quero parabenizar toda a equipe trabalhadora pela eficiência, responsabilidade, carinho, zelo e discernimento das nossas causas vicentinas. Deus os abençoe.

Fuente: Informativo São  Vicente, Província Brasileira da Congregação da Missão, Vol. LIX • nº 326 • Jan/Fev/Mar • 2024 • www.pbcm.org

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