Viver este encontro foi uma grande dádiva de Deus e uma experiência extraordinária na minha vida. Não podia imaginar as experiências que me esperavam.
Quando chegámos e encontrámos os membros da JMV que tinham chegado antes, o acolhimento foi tão caloroso que a partir desse momento senti-me em família, parecia que já nos conhecíamos há muito tempo, e fazer parte da JMV está impregnado desse selo de ser e sentir-se parte de uma família, partilhando a mesma história, o mesmo objectivo, o mesmo caminho de fé.
Durante a semana do encontro formativo, para além da partilha alegre, criativa e dinâmica de cada dia, partilhámos uma série de temas que nos convidaram a reflectir sobre o nosso ser missionário, tomando consciência de que cada um de nós é uma missão. É uma missão que nasce do nosso encontro pessoal com Jesus e que nos leva a dar testemunho do seu amor.
Houve, naturalmente, uma grande riqueza na partilha com cada um dos participantes, com a sua pessoa, o seu testemunho, os seus costumes e a cultura do seu país.
Durante a semana de missão na comunidade para a qual fui designada “Cuyamelito/Potrerillos”, conheci pessoas muito valiosas que me permitiram conhecer um pouco de suas histórias de vida, suas necessidades e nos ofereceram seu carinho mesmo sem nos conhecer. Trago-os no meu coração e não conseguiria descrever cada testemunho neste pequeno texto, mas partilho o da Sra. Bella que ficou tão feliz com a nossa visita e nos deu a conhecer a sua grande necessidade de se confessar, pois devido à sua idade avançada e à falta de interesse da sua família (actualmente protestante), não lhe era possível ir em busca desse desejo. E o que dizer de Delvin, um jovem que se deixou tocar por Deus quando nos acompanhou na visita, onde pôde perceber as necessidades e dores que os outros vivem e que, estando tão perto dele, ele desconhecia. Ficou tão comovido que, quando o partilhou com os outros, os seus olhos encheram-se de lágrimas.
Assim, o nosso caminho de fé e de santidade exige uma relação com Deus, connosco e com os outros. Cada um de nós é chamado a reflectir o rosto amoroso de Cristo e a reforçar o nosso ser missionário através do nosso encontro com os outros.
Somos chamados a “ser o agora de Deus” e isso implica movermo-nos, descobrir o que Ele precisa de mim, estar onde Ele precisa de mim. Descobrir e trabalhar os meus limites, estar em sintonia com as condições actuais do mundo, da minha comunidade, da minha própria pessoa. Ser um agente de mudança no meu ambiente quotidiano.
Como também disse o Papa Francisco “sente que tens uma missão e apaixona-te”, esse amor dar-nos-á o impulso para irmos em busca do que amamos. Lembrando sempre que:
“Juntamente com Jesus e Maria, a nossa vida é missão”.
Beatriz López Flores
JMV México.
Fonte: https://jmvinter.org/
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