Apresentação
“Uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo de seus pés” (Ap 12,1). Os escritos de João nos apresentam à Virgem Maria com o título de mulher, que na teologia do Quarto Evangelho faz uma referência muito mais profunda, a identidade das mulheres não é apenas uma referência pessoal, mas comunitária, a mulher é: Igreja, comunidade, pessoas.
Na Medalha Milagrosa vemos Maria, mas também a Igreja, que ontem como hoje continua a ser perseguida, maltratada e ferida em seus pequenos membros. Nossa Senhora, em 1830, se apresenta como mediadora das graças em uma França politicamente e socialmente convulsionada, em à perseguição e ódio contra a Igreja, e anos após valentes Filhas da caridade e Missionários Vicentinos deram testemunho de sua fé com o martírio (1790).
Ela está radiante, em um momento histórico de restauração, quando comunidades religiosas na França começavam a sair de esconderijos, algo parecido com a realidade eclesial narrada no livro da Apocalipse, quando novamente uma mulher vestida ao sol aparece triunfante no meio das perseguições do Império Romano. A Mulher do Apocalipse e a Mulher da Medalha Milagrosa, é a mesma. Em Maria se revela o mistério da Igreja chamada para “dar à luz” a Jesus no meio dos conflitos do mundo, desta pandemia que nos assola e entre essas dolorosas decepções humanas que, em vez de apagar a força do Evangelho, inflamam-na com a chama da caridade, ardente e luminoso. A Igreja, como uma verdadeira Mãe, deve gerar filhos para Deus no meio de homens e mulheres de todos os cantos do mundo.
P. Andrés Felipe Rojas Saavedra, CM
Missionário Vicentino
www.corazondepaul.org
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